— “Especialistas em alguns temas maiores (…) das cidades e suas arquitecturas, têm, como uma das marcas autorais, o gosto de lidar com os tempos e as heranças, monumentalizando-os como corpos abstractos protegidos, assumidamente novos e, no entanto, alimentados de reflexão memorialista: sobre a história, sobre a paisagem, sobre as formas orgânicas vernaculares. Dito de outro modo, são, na minha opinião, arquitectos neo-modernos que da modernidade assumem a utopia ordenadora e despojada e, da sua morte, a convicção de que os sistemas, estilísticos ou estéticos, são matriz estruturadora mas não a seiva da arquitectura. Esta, inventam-na caso a caso, sobre o gosto de entrosar a luz nas formas e fazer delas lugares de vida, o que é um exercício mental mas também modo de romper as certezas projectuais com as incertezas dos seus valores de uso” (p.19/20).